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Sophie Love
AMOR COMO AQUELE

Sophie Love

A autora best-seller #1 Sophie Love é a autora da série de comédias românticas A POUSADA EM SUNSET HARBOR, que inclui seis livros (e não vai parar por aí) e começa com AGORA E PARA SEMPRE (A POUSADA EM SUNSET HARBOR—LIVRO 1.

Sophie Love também é a autora da série de comédias românticas CRÔNICAS ROMÂNTICAS, que começa com AMOR COMO ESTE (CRÔNICAS ROMÂNTICAS—LIVRO 1).

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© Copyright 2017 por Sophie Love. Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário prevista na Lei de Direitos Autorais dos EUA. de 1976, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, distribuída ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, ou armazenada em um banco de dados ou sistema de recuperação, sem a autorização prévia da autora. Este eBook é licenciado apenas para seu prazer pessoal. Este eBook não pode ser revendido ou dado a outras pessoas. Se você gostaria de compartilhar este eBook com outra pessoa, favor comprar uma cópia adicional para cada receptor. Se você está lendo este livro e não pagou por ele, ou se este não foi comprado apenas para seu uso pessoal, então, por favor, devolva-o e adquira sua própria cópia. Obrigado por respeitar o trabalho árduo desta autora. Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, empresas, organizações, lugares, eventos e incidentes são produto da imaginação da autora ou usados de forma fictícia. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, é mera coincidência. Imagem da capa Copyright oneinchpunch, usada sob licença da Shutterstock.com.

LIVROS POR SOPHIE LOVE

A POUSADA EM SUNSET HARBOR
AGORA E PARA SEMPRE (Livro #1)
PARA TODO O SEMPRE (Livro #2)
PARA SEMPRE, COM VOCÊ (Livro #3)
QUEM DERA, PARA SEMPRE (Livro #4)
PARA SEMPRE E UM DIA (Livro #5)
PARA SEMPRE, MAIS UM (Livro #6)

CRÔNICAS ROMÂNTICAS
AMOR COMO ESTE (Livro #1)
AMOR COMO AQUELE (Livro #2)

CAPÍTULO UM

Keira acordou no sofá grumoso de Bryn com um torcicolo e os pés congelados. A temperatura na cidade de Nova York estava caindo, com o outono no ar. Mas, apesar do sofá grumoso e dos tremores, Keira acordou no maior bom humor.

Keira estava voltando hoje para o trabalho, dia 22 de Outubro, em sua nova, mais elevada e mais bem paga função na revista Viatorum. Ela estava ansiosa para ver Nina, sua amiga e editora na revista, e estava louca para voltar à sua paixão de escrever novamente. Ela ainda não sabia qual seria sua próxima tarefa, mas estava certa de que não seria tão emocionante quanto o seu último mês na Irlanda.

Elliot tinha se comprometido a dar-lhe algo menos intenso desta vez e Keira não tinha absolutamente nenhum problema com isso. Ela mal tinha tido tempo de se reajustar à vida de Nova York, de falar com seus amigos e com sua mãe. E, além disso, Shane viria daqui a uma semana e isso era algo que deixava Keira muito mais animada do que seu status.

Naquele momento, sua irmã mais velha, Bryn, entrou apressada na sala, toda descabelada, pulando com um pé com sapato e o outro não.

“Estou atrasada para o trabalho,” gaguejou Bryn. “Por que você não me acordou?”

Keira olhou para o relógio.

“Porque são sete horas. Você ainda tem uma hora.” Ela gozou de sua irmã eternamente avoada.

Bryn parou, olhou para o relógio com os olhos semicerrados e, então, olhou novamente. “É mesmo.” Ela tirou o sapato e sentou-se ao lado de Keira no sofá. “Eu realmente achei que fosse melhorar quando fizesse trinta,” ela divagou.

Keira sorriu. “Nunca.”

Amadurecer era algo que nenhuma das irmãs Swanson estava com pressa de fazer.

Bryn inclinou-se e cutucou Keira. “Então… primeiro dia de volta para o trabalho após sua folga. Como está se sentindo?”

“Sinto-me bem,” disse Keira. “Vai ser diferente sem o Joshua para arruinar o humor de todo mundo. Estou especialmente ansiosa para rever a Nina. E, é claro, estou animada para descobrir o que o Elliot está planejando para eu escrever.”

“Será outra viagem para o estrangeiro?” Perguntou Bryn.

“Duvido,” respondeu Keira. “Embora eu esteja precisando tomar um sol!” Ela gargalhou e olhou pela janela para as nuvens cinzas do outubro de Nova York.

“E de sua própria cama,” brincou Bryn, batendo no sofá.

“Sobre isso…” Começou Keira. “Você sabe que não estou planejando ficar aqui para sempre. Está apenas demorando um pouco mais do que eu pensava para encontrar um apartamento. E preciso receber o depósito do apartamento que morava com o Zach antes de alugar outro. Você sabe o quanto ele está enrolando.”

“Tudo bem,” disse Bryn, dispensando a explicação de Keira com um gesto. “Fique o tempo que precisar. Mas não me julgue pelos homens que eu trouxer para casa.” Ela lançou um olhar fulminante para Keira. “Eu percebi o modo como me olha às vezes.”

Keira riu. “Apenas acho que se você pudesse enxergar como é linda, não precisaria perder tanto tempo com homens feios.”

Bryn rolou os olhos. “Já chega disso. Por que você acha que não vai viajar novamente para o estrangeiro?”

“Eu não sei.” Keira encolheu os ombros. “Para começar, porque não seria justo com os outros redatores. Pareceria favoritismo.”

“Não se esqueça de que você agora está em uma posição elevada.” Bryn lhe disse. “E favoritismo é uma palavra muito forte. São negócios. Se você é melhor do que os outros, você é melhor do que os outros. Aprenda a aceitar.”

Keira não tinha a mesma confiança de sua irmã. Ela contorceu-se desconfortavelmente. “De qualquer forma, mesmo que fosse no estrangeiro, eu não poderia ir.” Ela pensou em Shane e sorriu com o pensamento longe. “Tenho planos aqui.”

“Ah sim,” disse Bryn, sorrindo. “O namorado. Quando ele chega?”

A mente de Keira invocou a imagem do lindo rosto de Shane—a barba por fazer em seu queixo esculpido, aqueles olhos azuis irlandeses incríveis—e relembrou inúmeras lembranças maravilhosas do mês que eles passaram se apaixonando.

“Uma semana,” ela disse com um suspiro, pensando na sensação dos lábios dele sobre os delas, o toque de seus dedos em sua pele. “Por falar nisso, preciso ligar para ele.”

Seria quase meia-noite na Irlanda, onde Shane vivia, e seria sua última chance de falar com ele antes que fosse dormir. E, então, ela teria que suportar a ausência de Shane por oito horas enquanto ele dormia. Sem torpedos, sem mensagens atrevidas ou gracejos engraçados. Aquelas oito horas eram quase insuportáveis para ela, de tanto que o desejava.

“Você liga para ele todas as manhãs?” Perguntou Bryn, surpresa.

Keira captou o descaso na voz de sua irmã. Ela era uma eterna solteira e pegadora serial, o que a deixava desconfiada de qualquer um que alegasse ter encontrado o amor.

“Sim,” respondeu Keira. “Você geralmente está roncando, então não percebe.”

“Bem, eu não acho isso saudável.” Começou Bryn. “Você já está muito dependente dele.”

Keira rolou os olhos enquanto levantava. Bryn adorava dar uma de sabe-tudo, mesmo sendo um péssimo exemplo. E se ela ao menos soubesse, pensou Keira, se Bryn pudesse testemunhar o que ela e Shane viveram juntos, ela não estaria tão segura de si.

Keira levou seu celular para o banheiro, sabendo que seria o único lugar que poderia ter alguma privacidade no apartamento minúsculo de Bryn, e discou o número de Shane. A sensação usual de excitação percorreu pelo seu corpo enquanto esperava, escutando o tom de discagem, antecipando escutar novamente a linda voz de Shane. Ela mal podia esperar para lhe dizer sobre todas as coisas excitantes que havia planejado durante a estada dele, todas as atrações de Nova York que estava planejando mostrar a ele, desde experimentar comidas de vários restaurantes até caminhadas à beira do rio em Tribeca, o Museu Tenement, os jardins no Battery Park, a fazenda de maças no interior da cidade e galerias de arte em Chelsea. Seu itinerário estava cheio até a boca e ela sabia que Shane ficaria tão empolgado para conhecer a cidade quanto ela estava para mostrar.

Finalmente, a chamada foi conectada e Keira sentiu seu coração disparar. Mas, em vez de sua voz animada habitual, Shane parecia tenso. E, em vez de atender a ligação com um nome de animal exageradamente bobo como coelho ou pétala, ele usou seu nome verdadeiro.

“Keira, oi,” ele disse, com voz de cansado, como se tivesse tido o pior dia imaginável.

A euforia de Keira imediatamente se transformou em angústia. No fundo, ela podia escutar sons não familiares, muita conversa e telefones tocando.

“O que aconteceu?” Ela perguntou, começando a entrar em pânico. “Onde você está?”

“Hospital.”

“Meu Deus, por quê?” O coração de Keira começou a disparar de medo, com a cabeça a mil por hora. “Você está machucado? Doente?”

“Não sou eu,” disse Shane. “Eu estou bem. É o meu pai.”

Keira viu o pai de Shane, Calum Lawder, em sua mente. Ele era uma das pessoas mais gentis e doces que ela já havia tido o privilégio de conhecer. Só de pensar que algo havia acontecido com ele, era horrível.

“Ele está bem? Conte-me o que está acontecendo.”

Shane respirou fundo. “Ele vai ficar bem agora que o operaram.”

Keira sentiu seus ossos se enrijecerem. “Operado?” ela gritou.

“Estive o dia todo no pronto-socorro. Ele teve um ataque cardíaco. Os médicos tiveram que fazer um cateterismo. É um milagre ele estar vivo. Se hoje de manhã não houvesse um cirurgião no hospital com uma consulta marcada, ele não haveria sobrevivido.”

“Shane, eu sinto muito,”  respondeu Keira, sentindo o peito apertado de angústia. Ela queria poder entrar pela linha do telefone e puxar o Shane por ela, dar-lhe carinho e afeto. “Como sua mãe está? Suas irmãs?”

“Estamos bem,” respondeu Shane. “Ainda em choque, para ser honesto. Especialmente Hannah.”

Keira pensou na irmã caçula de Shane, a menina de dezesseis anos de cabelos dourados que ela sentiu uma ligação especial. “Coitadinha,” ela respondeu. De repente, agora não parecia o momento de falar sobre a visita de Shane. Não parecia correto falar sobre todos os planos emocionantes após o susto que o Shane havia acabado de passar. “Como o Calum está agora?”

“Ele está acordado e fazendo piadas, mas posso perceber que ele está apenas tentando nos tranquilizar.”

“Sinto muito, babe,” disse Keira. “Gostaria de poder estar com aí para apoiá-lo, mas vou ter que guardar todos os meus abraços para a próxima semana quando você chegar.”

No outro lado da linha, Shane ficou em silêncio. Keira só conseguia escutar os telefones tocando do hospital movimentado, aparelhos apitando, o som remoto de sirenes e o corre-corre da equipe médica realizando seus deveres.

“Soa caótico aí,” ela adicionou enquanto Shane ainda permanecia mudo.

“Keira,” ele disse, interrompendo o final de sua frase.

Keira não gostou do tom de sua voz. Ela teve a nítida impressão de que Shane estava prestes a dar más notícias.

“O que…?” Ela perguntou, pronunciando a palavra como se estivesse escolhendo.

“Vou ter que cancelar a viagem,” declarou Shane.

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